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sábado, 23, novembro, 2024

Corinthians e Flamengo ficam no zero no jogo de ida

(crédito: Gilvan De Souza/Flamengo)

As torcidas de Corinthians e Flamengo têm em comum a grande exigência nos pedidos de raça e de vontade por parte dos jogadores. Na noite de quarta-feira (13/10), no jogo de ida da final da Copa do Brasil disputado entre os dois clubes, na Neo Química Arena, não faltou vontade dos atletas no intuito de abrir uma vantagem na decisão. Entretanto, de certa forma por ineficiência dos atacantes e também por intervenções importantes das defesas, principalmente do goleiro Cássio, alvinegros e rubro-negros não conseguiram tirar o grito de gol da garganta dos 47.031 presentes na partida ao empatarem por 0 x 0.

Com tudo absolutamente em aberto, a definição do dono da taça da Copa do Brasil de 2022 ficou para o Maracanã, no Rio de Janeiro. Quando Flamengo e Corinthians entrarem no gramado do estádio carioca, na próxima quarta-feira, às 21h45, terão em mente a matemática exata a praticar para dar a volta olímpica ao fim do jogo. A conta é compartilhada por ambos: para ficar com a taça no tempo normal, alvinegros e rubro-negros precisam apenas de uma vitória simples. Se houver novo empate, o campeão será definido nos pênaltis.

Os primeiros 45 minutos da decisão foram estudados, pegados e começaram com os times a mil por hora. Seguindo o modelo aplicado em outros jogos, o Corinthians avançou a marcação e ensaiou uma pressão. Após curto período acuado, o Flamengo passou a controlar a bola na base da qualidade dos jogadores ofensivos. Conforme a posse subia, vieram as primeiras chances. Gabi (duas vezes) e Pedro assustaram Cássio e os corintianos. Os chutes de maior risco, porém, eram escassos. Gradualmente, o alvinegro equilibrou o jogo e teve nos pés de Yuri Alberto as duas principais oportunidades de gol. Em uma delas, avançou após erro de Léo Pereira, cortou David Luiz e não marcou apenas por corte providencial de Thiago Maia.

O ritmo dos times na volta para o segundo foi outro. Mais lento, o jogo esfriou bastante. Novamente no toque de bola, o Flamengo foi ganhando volume e teve grande chance com Gabi parando em Cássio na grande área. Com dificuldade de avançar, o Corinthians viu o rubro-negro crescer: David Luiz carimbou a trave, Ribeiro exigiu elasticidade de Cássio e Gabi passou perto. Os lances evidenciaram a superioridade carioca, mas foram sucedidos por novo período cadenciado. Com a necessidade de levar um resultado melhor para o Rio, o alvinegro ensaiou uma pressão, mas sem finalizar. Uma queda de energia no fim do jogo esfriou as ações de vez e deixou toda a definição para o duelo do Rio de Janeiro.

Do lado corintiano, o 0 x 0 foi visto pelo goleiro Cássio como positivo, apesar de o time ter desperdiçado a chance de construir uma vantagem em São Paulo. “É jogo grande. Decisão é jogo de detalhe. Poucas chances, mas muita entrega e dedicação. Isso não faltou. Está aberto. Vamos para o Maracanã fazer uma grande partida e buscar o título. Foi bem disputado, aguerrido. Vamos para o Maracanã buscar o título lá”, garantiu o camisa 12 da equipe alvinegra.

Os flamenguistas, com a vantagem de jogarem os 90 minutos finais da Copa do Brasil diante da torcida, também enxergam o duelo aberto. David Luiz, quem chegou mais perto de marcar, viu um bom duelo. “Está difícil, estou tentando de todo jeito (o primeiro gol pelo clube). Foi típico de uma final. Jogo truncado, mas ao mesmo tempo lá e cá. Fizemos uma partida madura, consciente do que iríamos enfrentar. Poderíamos ter tido um pouco mais de volume, mas tem que dar méritos para o Corinthians. Nada acabou. Agora, é se preparar bem para a semana que vem”, destacou o zagueiro rubro-negro.

Sal grosso na taça

Antes de a bola rolar, uma cena curiosa aconteceu na cerimônia de abertura da decisão organizada pela CBF. Membro do elenco do Corinthians na conquista do título de 2002 na decisão contra o Brasiliense, Vampeta protagonizou um “ato de fé” para impulsionar o sonho do tetracampeonato alvinegro. Ao entrar em campo com a taça ao lado de Juan, campeão da Copa do Brasil pelo Flamengo em 2006, o ex-volante fez questão de jogar água benta e sal grosso no objeto de cobiça das duas torcidas. No primeiro jogo, porém, a superstição não impediu o jogo sem bolas na rede. A ver no Maracanã, no momento onde, de fato, haverá um campeão.

Danilo Queiroz – CORREIO BRAZILIENSE

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