O corpo da rapper Laysa Moraes Ferreira, de 30 anos, conhecida como La Brysa, foi transladado nesta sexta-feira (10) para Três Lagoas (MS), sua cidade natal. Laysa foi encontrada morta na quinta-feira (9) às margens do Rio Cuiabá, na capital mato-grossense.
A artista foi uma das pioneiras nas Cyphers femininas do estado de Mato Grosso do Sul, com destaque em eventos importantes como o The Big Cypher of Campão e a Batalha do Conhecimento do MST. Em uma carreira de 12 anos, La Brysa colecionou títulos como o da Batalha Vai Ser Rimando, organizada pelo cantor e compositor Emicida, além de dominar rankings de batalhas tradicionais em Cuiabá, como a Batalha da Alencastro.
Natural de Três Lagoas, Laysa mudou-se para o Mato Grosso no ano passado, buscando impulsionar sua carreira de MC. Além do rap, ela se destacava como poetisa e compositora, consolidando seu nome na cena cultural do Centro-Oeste.
Homenagens foram realizadas na tarde desta sexta-feira (10) por movimentos sociais em Cuiabá e Campo Grande, onde amigos e admiradores relembraram sua trajetória e impacto artístico.
Sobre o crime
Laysa desapareceu no dia 3 de janeiro, após ser vista pela última vez no Bairro Santa Isabel, em Cuiabá, onde morava há um ano. Segundo a Polícia Civil, o corpo foi localizado por um pescador às margens do Rio Cuiabá, que acionou o Corpo de Bombeiros para a retirada.
De acordo com a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), a causa da morte foi afogamento. O corpo da rapper estava preso a uma lata de tinta cheia de concreto e apresentava sinais de que ela foi amarrada antes de ser deixada no local.
“Ela estava totalmente amarrada. Pegamos o fio para tentar identificar se outra parte desse material pode ser encontrada. Tudo indica que ela foi deixada morta ali. As investigações agora seguem para identificar os autores e a motivação do crime”, afirmou o delegado Bruno Abreu.
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A irmã da vítima, Maria Júlia Moraes, relatou que Laysa não tinha familiares em Cuiabá e mantinha contato com a família apenas por telefone e redes sociais. Após dias sem respostas, Maria Júlia entrou em contato com amigos da rapper, mas ninguém conseguiu localizá-la.
Até o momento, nenhum suspeito foi identificado pela polícia, e as investigações continuam em andamento.
Nortão MT com G1
