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segunda-feira, 28, outubro, 2024

Déficit de armazéns é risco para produtores de soja e milho em Mato Grosso

Com uma produção apenas de soja e milho próxima de 90 milhões de toneladas na safra atual, os produtores de Mato Grosso começam a enxergar um cenário de estrangulamento da capacidade de armazenamento de grãos. O volume da produção projetada é quase o dobro do volume da chamada “capacidade estática” dos armazéns.

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A construção de complexos de armazenagem e, principalmente de silos nas áreas das fazendas, permite aos produtores controlar melhor os preços de venda dos grãos a partir da colheita e até a entressafra. Além disso, é peça importante na segurança alimentar.

Ao Midiajur, o presidente do Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde, Marcelo Lupatini, apontou o financiamento como principal entrave para a construção de novos armazéns.

“Nenhum produtor rural consegue viabilizar a construção de um armazém; é um valor muito alto. Precisa de um financiamento a juros de no máximo a 8% e com um prazo [de pagamento] de 15 a 20 anos. A conta não fecha”, pontua.

De acordo com dados da Conab, Mato Grosso tem 2.426 armazéns de grãos cadastrados, entre baterias de silos, armazéns convencionais, silos, graneleiros, entre outros, com uma capacidade total de 44,7 milhões de toneladas.

A estimativa de produção para a safra apenas de soja e milho 2022/2023, será de 87,87 milhões de toneladas, ou seja, quase o dobro da capacidade de estocagem atual no Estado. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) coloca que a “capacidade estática” ideal é de 20% a mais do que a capacidade de produção, em termos de segurança alimentar.

Os financiamentos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) continuam sendo a opção mais viável para os fazendeiros. Mas os juros oferecidos no mercado brasileiro atualmente, influenciados pela taxa Selic de 13,75%, estão por volta de 16% ao ano – o que é considerado alto, de acordo com Marcelo.

REPORTAGEM COMPLETA NO MÍDIAJUR

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