Leandro Damiani (MDB), candidato derrotado à Prefeitura de Sorriso, protocolou nesta segunda-feira (2) uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra o prefeito eleito, Alei Fernandes (União Brasil), e seu vice, Acácio. A ação acusa a chapa vencedora de abuso de poder econômico, prática de caixa 2 e compra de votos durante a eleição de 2024, em que Alei obteve 25.255 votos, o equivalente a 51,33% do total.
Damiani conta com a representação jurídica do advogado José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça no governo Dilma Rousseff e sócio do renomado escritório Martins Cardozo Advogados. Cardozo é conhecido por atuar em casos eleitorais de grande repercussão nacional.
Acusações e pedidos na ação
Entre os pedidos apresentados na AIJE estão:
- A cassação do registro de candidatura de Alei Fernandes e Acácio;
- A inelegibilidade de ambos por oito anos;
- A aplicação de multa.
A defesa também solicitou urgência no julgamento, argumentando que a diplomação dos eleitos está prevista para os próximos dias. Como prova principal, a AIJE cita a apreensão de R$ 300 mil em dinheiro pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o período eleitoral. O montante foi encontrado em posse de Nei Frâncio, aliado político de Alei. Os agentes da PRF que realizaram a apreensão foram arrolados como testemunhas no processo.
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Defesa do prefeito eleito
Alei Fernandes, por sua vez, demonstrou tranquilidade diante das acusações. Durante uma agenda em Cuiabá para tratar de projetos para Sorriso, o prefeito eleito declarou: “É um direito de quem perdeu, mas estamos confiantes de que a Justiça confirmará nossa vitória, construída com o apoio do povo de Sorriso”.
Impactos políticos
O desfecho da ação judicial promete ser decisivo para o cenário político de Sorriso. Caso a chapa de Alei e Acácio seja cassada, uma nova eleição pode ser convocada, alterando significativamente os rumos políticos do município.
Nortão MT com Portal Sorriso