Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) afirmou que a fazenda Curuá Madeireiras do Amazonas Ltda, localizada em Marcelândia (710 km ao Norte), alvo de fiscalização, já foi autuada por 6 crimes ambientais. Ações recentes de fiscalização da Sema têm gerado polêmica.
Episódios como este vêm ocorrendo há alguns meses. Em maio deste ano, por exemplo, a Sema chegou a queimar balsas durante operação de fiscalização integrada com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Juara. Os veículos estariam operando ilegalmente na região.
Sema se manifestou, nesta sexta-feira (4), sobre a fiscalização feita na fazenda Curuá Madeireiras do Amazonas, de 11 mil hectares, localizada no município de Marcelândia, afirmando que a propriedade, de forma reiterada, tem cometido crimes ambientais.
A deputada Janaina Riva fez críticas à Sema por sua atuação na fiscalização da propriedade em Marcelândia. Na ocasião, os fiscais destruíram maquinários. Segundo ela, a ação ocorreu sem nenhuma decisão judicial ou direito de defesa dos produtores autuados.
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De acordo com a Sema, esta foi a 6ª fiscalização no local por causa de desmatamento ilegal. As autuações ocorreram nos anos de:
2019 – por exploração de madeira em toras com aplicação de multa de R$ 60 mil e apreensão de maquinários (2 tratores, 1 caminhão e 4 motosserrras);
2019 – por exploração de floresta nativa em área de reserva legal com aplicação de multa de R$ 3,4 milhões e embargo 687 hectares;
2021 – por desmatamento ilegal com multa de R$ 1,4 milhão e embargo de 290 hectares;
2022 – por desmatamento ilegal com aplicação de multa de R$ 2,7 milhões e área embargada de 558 hectares;
2022 – por exploração ilegal da floresta com aplicação de multa de R$ 26 milhões mais o embargo de 5.340 mil hectares e a apreensão de um trator e uma motosserra, além da destruição de um trator que estava com defeito;
2023 – Neste dia 3 de agosto foi feita a fiscalização na área com a destruição de equipamentos, conforme prevê a Lei Federal de Crimes Ambientais n° 9.605/1998, porque estava difícil a sua remoção. Os fiscais ainda estão na área fazendo o auto de infração.
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