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quinta-feira, 31, outubro, 2024

Dino ignora Câmara e falta a depoimento

 Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, faltou, nesta terça-feira, 10, à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.

Alvo de quase 20 requerimentos, Flávio Dino foi convocado pelo colegiado para explicar desde os motivos para a prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, a temas relacionados a violência e segurança pública.

A sessão estava prevista para começar às 9 horas da manhã, mas, segundo a comissão, o ministro enviou a justificativa para a falta quase 30 minutos depois.

O motivo para o não comparecimento se deu em virtude de “providências administrativas inadiáveis”.

“Tendo em vista que foi realizada uma grande operação contra o crime organizado, sob coordenação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) em parceria com vários Estados na data de hoje, informo a impossibilidade de comparecer a esta comissão”, alegou Flávio Dino.

“Tais providências implicam a mobilização da equipe da Senasp, impedindo a adequada preparação do material relativo aos temas solicitados por esta comissão”, continuou o ministro.

A lista de requerimentos, que Dino é alvo, é longa e inclui: política de acesso às armas, atuação de Flávio Dino com a Polícia Federal, crise na segurança pública, prisões do 8 de janeiro, impacto das invasões em terras na segurança urbana, e muito mais.

Por fim, o ministro solicitou a realização de uma audiência geral, no plenário da Câmara, para esclarecer os questionamentos dos parlamentares.

O presidente do colegiado, Ubiratan Sanderson (PL-RS), disse que Dino tratou a comissão com “deboche”. “Essa irresponsabilidade será objeto de responsabilização”, destacou o deputado. “Quem fiscaliza o ministro da Justiça é a Comissão de Segurança Pública.”

Em geral, quando ministros de Estado são alvos de convocações nas comissões fixas da Câmara, os colegiados optam por converter a convocação para convite. Contudo, nesse caso, a Comissão de Segurança optou por manter a convocação.

Na semana passada, Sanderson enviou um ofício ao MJ comunicando o dia, horário e listando os requerimentos que justificavam a convocação do ministro.

REVISTA OESTE

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