Documento ao qual o HNT teve acesso de forma exclusiva demonstra que a criminosa e membro da Comando Vermelho, Maria Rita Araújo Ribas, vulgo “Mana Profe”, é apontada como uma das mandantes dos crimes de sequestro, tortura e execução do jovem paulista Pablo Ronaldo Coelho, de 24 anos, ocorrido em abril deste ano, em Mato Grosso. A suspeita é ajudante de professora de uma escola do município de Nova Ubiratã.
De acordo com a polícia, Mana Profe começou seu envolvimento no crime ao ir até o cativeiro onde a vítima estava sendo mantida para comprar drogas. Porém, no caminho até o local, ela foi convocada por um membro do Comando Vermelho identificado como Lucas Silva Aguiar, vulgo “Ciclone”, para auxiliar na execução da vítima, sendo responsável pelo transporte de Pablo até o local onde ele viria a ser executado.
Na residência, ela e todos os envolvidos planejaram o trajeto ideal para que não levantassem suspeita, caso passassem por viaturas da polícia. Após o plano estar completo, Maria Rita ainda ordenou que os dedos da vítima fossem amputados para dificultar sua identificação, caso o corpo fosse encontrado, fato que ela confessou em depoimento.
Para a polícia, a faccionada negou que tenha participado do planejamento de execução de Pablo e que sua participação se limitou somente à tortura, porém, isso foi desmentido através de investigação, através do depoimento do amigo da vítima e sobrevivente do sequestro, que contou que a mulher estava no cativeiro o tempo todo e dava ordem para os faccionados.
Além disso, conversas extraídas de seu celular deixam claro que a suspeita participou de toda dinâmica do crime, além de lamentar não estar presente no momento da execução e mutilação de Pablo, como demonstra um print da conversa entre os grupos.
Por fim, ficou constatado que “Mana Profe” serve ao crime há muito tempo e confessou, em depoimento, que trabalha para uma Hisla Bruna Santana Sampaio, vulgo ‘Mana Joice’, desde 2020, na gerência do tráfico de drogas na região.
Maria Rita Araújo Ribas foi presa durante a “Operação Procusto”, deflagrada pela Polícia Civil em junho deste ano, quando estava trabalhando em uma sala de aula infantil no município de Nova Ubiratã. A criminosa foi indiciada pelos crimes de homicídio qualificado, homicídio qualificado tentado, ocultação de cadáver e tortura majorada pelo sequestro por duas vezes.
Pablo foi sequestrado no dia 19 de abril, junto com um amigo, quando ambos estavam em um bar de Nova Ubiratã. Os dois tinham vindo do interior de São Paulo para trabalhar.
Eles foram levados a uma casa, sofreram diversas torturas durante a madrugada e, na manhã do dia seguinte, seriam deixados em uma área de mata da cidade. No trajeto, o amigo de Pablo conseguiu escapar do veículo dos criminosos e, mesmo ferido, procurou ajuda da polícia.
O HNT recebeu informações com exclusividade de que o jovem foi executado por engano, já que ele não teria nenhuma ligação com organização criminosa e não fez nenhum sinal que fizesse alusão a alguma organização.
Pablo teve membros do corpo decepados e o cadáver, ocultado na mata, sendo encontrado após 42 dias de buscas.
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