A empresária Taiza Tossat foi presa em flagrante e teve sua prisão convertida em preventiva pelo juiz Mirko Vincenzo Giannotte, plantonista da Comarca de Sinop, nesta sexta-feira (1º), após ser detida na Operação Cleópatra. Taiza é acusado de liderar um esquema de pirâmide financeira que teria causado prejuízos de cerca de R$ 2,5 milhões em prejuízos de vítimas em Mato Grosso, incluindo Cuiabá e outras cidades. O juiz negou o pedido para decretar sigilo no processo, permitindo que o caso siga sob conhecimento público.
Taiza e seu companheiro, Wander Aguilera, foram presos no momento em que desembarcaram no aeroporto de Sinop. Na residência da empresária, em um condomínio de luxo, foram apreendidos veículos, uma moto BMW, joias, munições de uso restrito e cheques totalizando R$ 419 mil, além de anabolizantes proibidos no país. De acordo com a Polícia Civil, os itens apreendidos reforçam as suspeitas de atividades criminosas organizadas.
Para justificar a prisão preventiva, o juiz Giannotte destacou a “gravidade concreta” das ações do casal, afirmando que medidas alternativas não seriam eficazes. “A quantidade e variedade dos itens apreendidos, incluindo munições de uso restrito, revelam uma periculosidade acentuada e indicam a estrutura criminosa envolvida, somada aos antecedentes dos acusados”, pontuou o juiz.
Esquema de Pirâmide Financeira e Prejuízos
Nas redes sociais, Taiza se apresentou como uma especialista em investimentos, oferecendo lucros diários de até 6% com promessas de retorno elevadas para aqueles que aplicaram quantias superiores a R$ 100 mil. Inicialmente, os investidores receberam os rendimentos prometidos, mas, após um período, os pagamentos foram interrompidos, e a empresária passou a evitar os contatos das vítimas.
Além de Taiza, as investigações miram um médico e um ex-policial federal, apontados como colaboradores no esquema. O ex-marido de Taiza, que também está envolvido, atuou como gestor de negócios, enquanto o médico exerceu a função de diretor administrativo na empresa DT Investimentos, principal veículo do esquema fraudulento.
Operação Cleópatra e Ordens Judiciais
A Operação Cleópatra cumpriu seis mandatos de busca e apreensão e determinou o bloqueio de bens e valores dos investigados em diversas cidades de Mato Grosso, incluindo Cuiabá, Jaciara, Rondonópolis e Sinop.
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