“Não era minha intenção, eu estava com uns amigos, muito louco, usando porcaria, ficamos “loucão” das ideias e do nada bateu isso na minha ideia”. A fala é de Marcos Antônio Bairros, 18, preso pelo assassinato da menina Sofia, de seis anos, antes de ser encaminhado para uma das celas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), em Dourados, na manhã deste sábado (25/2).
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Em entrevista ao Dourados News, o jovem disse estar arrependido, confessou ter cometido o crime sozinho e alegou não ter violentado sexualmente a criança. O corpo da vítima foi encontrado nesta manhã, em uma área de mata na zona rural do município de Douradina.
“Estou arrependido por isso, fazer o que? Efeito da droga”, contou.
Ao ser questionado sobre o ato, disse se lembrar apenas de ter amarrado a menina. “Só sei que tinha amarrado as mãos dela. Coloquei uma blusa no pé dela e enrolei pedaço de pano no pescoço”, afirmou. “Eu estava muito louco, não sei como ela falou, ou se falou algo. Estava eu e uns amigos meus”, continuou a relatar.
“Não fui eu não”, disse ao ser questionado sobre o estupro, confirmando ter agido sozinho. “Só eu levei a menina”, finalizou.
De acordo com o apurado até o momento pelo delegado Mateus Rocha, plantonista na Depac de Dourados, Marcos usava drogas com mais dois amigos na sexta-feira (24/2).
Horas depois, furtou uma Honda Biz vermelha que estava na rua Nelson Soares, em frente à casa da vítima, a levando junto.
Diante das denúncias sobre os desaparecimentos da menina e da moto, policiais militares de Douradina fizeram diligências e encontraram o rapaz na madrugada deste sábado.
Trazido para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário em Dourados – já que na cidade da ocorrência não há plantão -, prestou depoimento, confessou os dois crimes e disse ter deixado a menor ainda com vida no local.
Pela manhã, o corpo de Sofia foi encontrado.
Ao Dourados News, o delegado contou que não havia marcas de ferimentos causados por armas, mas sim agressões e aguarda os laudos da perícia. Ele também não descarta a possibilidade de violência sexual contra a menor, mesmo com a negativa do rapaz.
“Não há lesão causada por armas de fogo. Mas, leva a crer em agressão, algo mecânico, asfixia. Mas isso será melhor apurado pela perícia. Existe a hipótese [de violência sexual], constatamos alguns indícios, mas será confirmado perante o laudo. É algo que nos choca através dos fatos que foram levados até nós”, disse.
Fonte: Dourados News