O ex-deputado estadual Carlos Antônio Azambuja é um dos alvos da Operação Bilhete Premiado, deflagrada na manhã desta quarta-feira (5) pela Polícia Federal. A ação visa desarticular um grupo criminoso que utilizava casas lotéricas para lavagem de dinheiro em Várzea Grande e outros dois municípios de Mato Grosso.
Conforme as investigações da PF, os investigados usavam casas lotéricas para mascarar a origem ilícita de lucro obtido em atividades criminosas, dentre elas corrupção e tráfico de drogas.
Esta não é a primeira vez que o ex-parlamentar esteve na mira da Polícia Federal. Em 2018, Azambuja foi alvo da Operação Ararath, que investigou a prática de “mensalinho” de integrantes da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso.
O esquema foi delatado pelo ex-governador Silval Barbosa e seu ex-chefe de gabinete, Sílvio César Corrêa Araújo. Ambos entregaram vídeos que mostram Azambuja e outros deputados da antiga legislatura recebendo propina no Palácio Paiaguás.
Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na manhã desta quarta na casa de Azambuja.
Bilhete Premiado
Foram cumpridos 10 mandados judiciais de busca e apreensão, expedidos pela 5ª Vara Federal de Mato Grosso bem como o para o bloqueio de bens móveis e imóveis até limite de R$ 106 milhões de reais.
Na ação, os policiais apreenderam quase R$ 100 mil em espécie em uma das lotéricas, localizada em Pontes e Lacerda.
As apurações identificaram que vários depósitos de milhões de reais em espécie foram realizados e evidenciaram que tais valores eram incompatíveis com o patrimônio declarado pelos depositantes. Na dinâmica do esquema de lavagem dessas capitais, verificou que era comum que os saques desses valores fossem realizados no mesmo dia ou nos dias imediatamente seguintes aos depósitos, com o objetivo de dificultar o rastreamento pelas autoridades competentes.
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