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domingo, 24, novembro, 2024

Ex-presidente da Ampa é citado em investigação de lavagem de dinheiro, tráfico e extorsão em Sorriso/MT

O ex-presidente da Associação de Produtores de Algodão de Sorriso e ex-presidente do núcleo norte da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA) foi citado em uma investigação de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e extorsão que resultou na Operação Xeque Mate, deflagrada na sexta-feira (04).

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De acordo com documentos obtidos pela reportagem do Midiajur, o produtor rural José Augusto Ascoli e seu irmão José Olímpio Ascoli são citados como responsáveis por contratar a organização criminosa investigada pela Operação Xeque Mate para extorquir o empresário Willian Valério Borges.

As investigações realizadas pela Delegacia de Polícia de Sorriso apontam que Ascoli pagou a extorsão com dois tratores, que foram integralizados ao patrimônio das empresa V Motors Comércio de Veículos LTDA. A empresa era responsável pela lavagem de dinheiro dos crimes de roubos de cargas, tráfico de drogas e roubos de defensivos agrícolas.

O líder da organização criminosa investigada pela operação seria João Nassif Massufaro Izar. O suspeito comandava as operações de roubo de cargas e de defensivos agrícolas na região. Para lavar o dinheiro do crime, vendia veículos de luxo na V Motors Comércio de Veículos LTDA. O esquema criminoso teria movimentado mais de R$ 70 milhões, segundo a polícia.

A V Motors Comércio de Veículos LTDA pertence a Valdelírio Kurg e Viviane Menegazzi, ambos acusados de participação no esquema.

“Os investigados então vendem os veículos a terceiros por meio da empresa do Sr. Valdelírio Krug, recebendo como pagamento valores com aparência de dinheiro lícito, finalizando assim a fase de integração”, diz trecho do relatório polcial obtido pelo Midiajur.

A empresa de Viviane e Valdelírio faturou com a venda de veículos o total de R$ 4,295.200,00. Ocorre que movimentações da empresa, disponíveis em relatórios da Secretaria de Fazenda (Sefaz-MT), indicaram movimentações financeiras no montante de R$ 60.062.630,58.

“Logo, além do dinheiro faturado pela empresa ser de origem ilícita, ainda existe uma diferença entre faturamento e
movimentação financeira no montante de R$ 55.767.430,58″, diz outro trecho dos documentos obtidos.

Além da empresa, Valdelírio Krug usava também as contas bancárias pessoais sua e de sua esposa, Viviane Menegazzi, para lavar dinheiro da quadrilha.

Outro lado

A reportagem do Midiajur tentou contato com a assessoria de imprensa da AMPA, que informou que nesse caso seria melhor procurar diretamente pelo produtor rural. A reportagem não conseguiu contato com o produtor, mas o espaço segue aberto para manifestações.

LÁZARO THOR – MIDIA JUR

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