O governo de MT informou, nesta terça-feira (1º), que finaliza as estratégias para começar a desobstrução das rodovias federais, conforme ordenado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, equipes da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Judiciária Civil e Corpo de Bombeiros devem participar das ações.
Os bloqueios em rodovias do estado realizados por eleitores contrários ao resultado das eleições entraram no segundo dia. Em Mato Grosso, a PRF identificou 26 pontos de manifestações. Já a concessionária que administra parte das estradas acompanha 12 locais.
A decisão para liberar as rodovias foi definida em reunião realizada na manhã desta terça-feira no Palácio Paiaguás. Participaram o Governador Mauro Mendes (União Brasil), o secretário de Segurança Pública (SESP-MT) e representantes do Ministério Público de Mato Grosso (MPT-MT), do Ministério Público Federal (MPF) e o procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges Pereira.
Também estiveram presentes o comandante-geral da Polícia Militar, Coronel PM Alexandre Mendes; o secretário-adjunto de Inteligência da SESP-MT, Wilton Massao, e o promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional de Segurança da Informação, Mauro Zaque.
Em coletiva de imprensa, Bustamante informou que ainda não há prazo para que as equipes comecem a desobstrução das estradas e que será feito o uso da força, se necessário.
“A fase de desocupação passa por um planejamento, um diagnóstico, para saber como está. A gente vai negociando com todo mundo, porque tem muita gente que vai sair das estradas com negociação. Tem pontos que são mais frágeis, tem pontos que são mais fortes. É um movimento de pessoas que a gente vai negociar para desobstruir. Usando, se for necessário, o que não acredito que vai ser, a força para poder fazer a desobstrução”, contou Bustamante.
O secretário informou também que vai acatar a solicitação do Ministério Público Estadual e do Ministério Público Federal para identificar os organizadores do movimento.
“A mensagem do secretário é que todo mundo colabore com a gente, com a segurança pública. Tem o momento certo de manifestar. Para mim, a eleição é como um torneio de futebol: a cada quatro anos, tem outro. ‘Meu time não ganhou agora, pode ser que meu time ganhe daqui a quatro anos’. O movimento, quando você prejudica mais a sociedade, é pior para todos. Nós temos cidades no estado que dependem das rodovias para chegar abastecimento, combustível, insumos médicos, alimentação, e isso só atrapalha a sociedade”, finalizou.
O que diz a PRF
O superintendente da PRF em Mato Grosso, Francisco Elcio Lima Lucena, disse que a corporação está alinhada com o estado. Segundo ele, mais de 20 mil pessoas estão nas rodovias.
“O movimento é atípico, diferente dos demais. Nós não temos uma liderança certa, definida. Nós temos também a questão do clamor popular nesse sentido. A Polícia Rodoviária tem trabalhado com estratégia, com lógica, com sabedoria, para que possamos resolver de uma forma mais equilibrada”, disse.
Segundo Lucena, a manifestação é legítima, mas não pode ser realizada sobre a pista.
“Existe o direito de ir e vir, que é sagrado, e nós estamos trabalhando pra isso. Pode fazer manifestação, mas não obstruindo. Nós estamos mobilizando os nossos esforços e recursos financeiros para que isso acabe o mais rápido possível”, finalizou.
G1 MT