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domingo, 30, março, 2025

Gasto milionário em decoração lembra omissão de prefeito em assédio em Nova Mutum

Um suposto superfaturamento envolvendo a decoração do mês da mulher em Nova Mutum (240 km de Cuiabá) virou polêmica na gestão do prefeito Leandro Fêlix (PL). Tudo começou com uma ação da Secretaria de Assistência Social, comandada pela esposa dele, primeira-dama Aline Felix.

No meio da confusão, até mesmo uma omissão num suposto caso de assédio veio à tona. Primeiro, o vereador Ricardo Scheneider (PL) usou as redes sociais para revelar os valores da ornamentação.

Segundo ele informou, o banco com flores custou R$ 37 mil, a letra M enfeitada teve o valor de R$ 23 mil, a cascata de flores R$ 34 mil, ornamentos na calçada 100 mil e o portal custou R$ 57 mil. Ao todo, o valor foi de R$ 251 mil aos cofres públicos. “Essa festa tem sim que acontecer. As mulheres merecem e merecem muito, mas nós temos que tem carinho com dinheiro público”, afirmou o parlamentar.

Depois, foi a vez do suplente de deputado Hugo Garcia (Republicanos) criticar os valores gastos no evento e dar respaldo às denúncias do vereador. “É muito dinheiro público para pouca prioridade. Enquanto isso, tem muito posto de saúde sem médicos, creches sem vaga. Isso não é gestão, é uma maquiagem cara. Valorizar a mulher é garantir a dignidade, o respeito, acesso a serviços públicos de verdade, não é gastar dinheiro público com flor de plástico”, disparou.  

Ao defender o gasto, o prefeito lamentou “acusações infundadas” sobre a decoração e afirmou que todos os processos foram conduzidos com total transparência, assegurando igualdade de oportunidades para empresas qualificadas. “Nosso compromisso com a valorização das mulheres permanece firme. Infelizmente, desavenças políticas não podem diminuir nossa determinação. Em 2026, celebraremos as mulheres de Nova Mutum como nunca antes”, publicou nas redes sociais. 

A esposa dele e secretária da pasta também defenderam o trabalho e o investimento feito. Em uma série de stories – publicações que somem após 24 horas –, ela afirmou que tudo foi feito conforme a lei e de maneira transparente. “Ver o trabalho de uma equipe séria e honesta que anda conforme as leis sendo desrespeitada elevando a população contra uma pauta tão importante é inacreditável”, desabafou. 

OMISSÃO

Em um dos comentários da publicação de Hugo Garcia no Instagram, uma suposta ex-funcionária do prefeito acusou o gestor de demiti-la após um caso de assédio ocorrido na empresa de contabilidade de Leandro Fêlix entre 2011 e 2012. “O prefeito de Nova Mutum não se importa com mulheres, em meados de 2011, 2012, eu era secretária no escritório de contabilidade dele. Um colega de trabalho me assediou, me chamando até de quenga. E sabe o que ele fez quando fui me queixar? Me falou que eu estava dando intimidade para o rapaz e me demitiu. Um homem que não protege seus funcionários de assédios morais, e culpabiliza a mulher por ser assediada não é um bom líder, como será um bom governante? Ele me fez assinar uma carta dizendo que não processaria o escritório para fazer o meu acerto”, revelou a mulher. 

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FOLHA MAX

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