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domingo, 24, novembro, 2024

Geller diz que não vai aceitar ‘tapetão’, mas admite risco caso eleito

Luiz Leite / Gazeta Digita

Candidato ao Senado, o deputado Neri Geller (PP) afirmou que irá ganhar a eleição mesmo após ter seu registro de candidatura negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na manhã desta quinta-feira (29).

No complexo do Grupo Gazeta de Comunicação, o candidato afirmou que não deixará que os adversários ganhem no “tapetão” – jargão do futebol em que um dos times recorre à Justiça para ganhar uma partida perdida em campo.

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Apesar da confiança de que o motivo do impedimento de sua candidatura será superado, Geller admitiu que há riscos para sua continuidade no Senado na hipótese de ser eleito para a cadeira em disputa.

“Não tenho absolutamente nada para esconder. Fico sentido, sentido mesmo, porque de novo faltando dois dias da eleição. Todos sabem como está. Eu vou ganhar essa eleição. Não vão me derrubar no tapetão”, disparou.

“Podem até depois da eleição me tirar do jogo, mas a sociedade vai saber o que está acontecendo. A Justiça vai reconhecer, porque eu não devo. Estou 100% certo. Vamos fazer esse enfretamento, tive que vir aqui e é óbvio que é difícil, não é fácil”, acrescentou.

Negativa da Justiça

Sob a relatoria do ministro Raul Araújo, a decisão para negar o registro de Neri foi acompanhada pelos demais membros do TSE de forma unânime. O candidato ainda concorre ao pleito de 2022, mas sub judice.  

Antes disso, o registro já tinha sido deferido pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE). Conforme já noticiado pelo Gazeta Digital, a principal alegação do MP Eleitoral, é de que Geller foi cassado e ficou inelegível por decisão do próprio TSE, logo após o registro de sua candidatura ter sido acatada pela Justiça Eleitoral.  

No recurso do Ministério Público Eleitoral de Mato Grosso, o procurador Erich Masson destaca que o TRE ignorou o julgamento do TSE de 23 de agosto de 2022, que por unanimidade, cassou o mandato de Neri Geller por 8 anos e o declarou inelegível por 8 anos, a contar a partir de 2018. Ele foi considerado culpado por abuso de poder econômico combinada com a prática de gastos ilícitos no pleito de 2018.

GAZETA DIGITAL

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