Juiz eleitoral retira segredo de justiça de processo contra Mirtes e Bolsonaro e critica partido ligado ao prefeito Roberto Dorner

“Se inclina para um lado que aumenta a distância de isento e independente”, ressalta magistrado

O juiz da 22ª Zona Eleitoral de Sinop, Walter Tomaz da Costa determinou a retirada do segredo de justiça do processo movido pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) – ligado ao prefeito Roberto Dorner (PL) – contra a candidata à prefeita Mirtes da Tranterra, ex-presidente Jair Bolsonaro, Ilson Redivo, Moisés Debastiani e as duas entidades que representam: Sindicato Rural de Sinop e Acrinorte, respectivamente.

Consta na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pelo partido submisso aos interesses do prefeito Roberto Dorner, que durante a visita na Norte Show, no dia 17 de abril deste ano, no qual o atual gestor e candidato à reeleição foi impedido pelos seguranças de subir na caminhonete com ex-presidente Jair Bolsonaro teria ocorrido suposto abuso do poder econômico ou político.

Além de retirar o segredo de justiça, o juiz eleitoral criticou o partido ligado ao Roberto Dorner ao citar que “não pode vir posar de ingênuo a dizer que, ciente ou inadvertido, o que é complicado aceitar bovinamente, não saiba que suas ações, no caso em tela, em especial, acossa os representados (se com êxito ou não, só a sentença dirá) e que isso produz reflexos ou pode favorecer outros candidatos majoritários ou proporcionais”.

Em outro trecho, Walter Tomaz da Costa reconheceu ainda o cinismo do PDT e a sua acepção comum que ocorrer e se inclina para um lado que aumenta a distância de “isento e independente (…) em que por detrás de ações nem sempre estão apenas os vislumbrados fisicamente, pois as próprias reações também informam o espraiar de tudo”.

A acusação fracassada do PDT ficou ainda mais clara diante da rejeição feita pelo próprio Ministério Público Eleitoral, devido a improcedência da Ação de Investigação Judicial Eleitoral. O promotor eleitoral, Pedro da Silva Figueiredo Júnior, que após manifestação da defesa da coligação “UM NOVO RUMO PARA SINOP”, que as condutas apresentadas pelo PDT, relacionadas, analisadas e já julgadas como propaganda eleitoral antecipada. “Considerando o teor da inicial da presente Ação de Investigação Judicial Eleitoral, não tem o condão de também caracterizar abuso de poder econômico e político”.

Desta forma, o promotor eleitoral manifestou “pela inocorrência de abuso de poder econômico e político em decorrência das condutas dos Representados Mirtes da Transterra e seu vice, Adenilson Rocha pugnando pela improcedência da presente ação”.

O diretório municipal do Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Sinop é ligado ao prefeito Roberto Dorner (PL) e entrou com ação contra a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Sinop, em abril deste ano. No encontro, o prefeito de Sinop foi rejeitado do palanque de Bolsonaro, dando lugar a empresária Mirtes da Transterra.

O PDT alegou propaganda eleitoral antecipada na visita do ex-presidente. No dia da visita do ex-presidente, Mirtes foi convidada para participar do palanque durante a festa agropecuária NorteShow.

Já o atual prefeito, foi retirado da caminhonete pelos seguranças de Bolsonaro gerando uma revolta no atual gestor balseiro. A ação do PDT atingiu diretamente Bolsonaro, que é o maior líder do Partido Liberal.

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