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segunda-feira, 25, novembro, 2024

Juiz mantém prisão de quadrilha de revenda ilegal de defensivos agrícolas em Sorriso

REPRODUÇÃO

O juiz Jean Bezerra, da 7ª Vara Criminal, manteve a prisão de quatro integrantes de uma quadrilha de Sorriso (420 km ao norte da Capital) detida na Operação Xeque-Mate, em novembro de 2022, por revender ilegalmente defensivos agrícolas oriundos de roubos. Uma quinta integrante que está em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica teve a medida cautelar mantida.

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“No caso em espeque, a ordem pública restou abalada, ante a gravidade concreta dos delitos praticados pelos integrantes da organização criminosa ora investigada, os quais, em tese, causam enormes prejuízos financeiros à cadeia produtiva rural, bem como oferecem risco à sociedade mediante a comercialização, transporte e guarda ilegal de agrotóxicos”, diz trecho da decisão que manteve a prisão dos envolvidos.

O esquema funcionava da seguinte forma: parte do grupo comprava defensivos roubados de produtores. Depois o produto era revendido em uma mercado parelelo, a preços abaixo do mercado. E, por fim, o dinheiro era “lavado” em lojas de fachada para justificar os valores arrecadados pelo grupo criminoso.

O núcleo financeiro era responsável por “realizar e controlar as movimentações financeiras relativas às atividades criminosas e aos pagamentos dos valores auferidos por seus integrantes, mormente do núcleo operacional, devendo adotar as medidas necessárias para ocultar a propriedade dos bens e direitos oriundos das práticas criminosas, principalmente daqueles pertencentes aos aludido líderes”.

O grupo movimentou quantias equivalentes a R$ 70 milhões, parte dele co o uso de “laranjas”, pessoas contratadas para emprestar contas para justificar a movimentação do dinheiro. Na época, um professor que fazia parte da quadrilha e ganhava R$ 10 mil por mês chegou a movimentar R$ 175 mil mensais.

Outra forma de lavar dinheiro era com a compra e venda de veículos de luxo, através da loja V Motors Comércio de Veículos. Enquanto o faturamento da empresa chegou a R$ 4,2 milhões, apenas nas contas de pessoa jurídica passaram R$ 60 milhões. Eles também compravam joias com a mesma finalidade de “lavar” o dinheiro do crime.

J1 AGORA

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