Três anos após confessar o assassinato do filho de 4 meses, Ramira Gomes da Silva foi condenada a 34 anos de prisão, em regime fechado. Ela foi submetida a júri popular na sexta-feira (21), na Comarca de Sorriso, onde o crime aconteceu.
O magistrado Anderson Candiotto considerou o homicídio com triplamente qualificado e ocultação de cadáver para determinar a pena. O pequeno Bryan da Silva Otany foi morto asfixiado e teve o corpo desmembrado, no dia 14 de maio de 2021. Ela colocou as partes em uma sacola e outras enterrou no quintal, mas os restos mortais foram achados por um cachorro, o que chamou atenção da vizinhança e da polícia.
“Estamos satisfeitos com a decisão soberana do tribunal do júri e com a sentença prolatada pelo juiz togado na fixação da pena. A barbaridade praticada foi um ato brutal e covarde. Uma ação perversa”, afirmou o promotor de Justiça que atuou no julgamento, Luiz Fernando Rossi Pipino, ao site Só Notícias.
O caso
As investigações apontaram que Ramira desejava se mudar para outro estado, onde mora a mulher com a qual começou a se relacionar à distância, virtualmente. Para facilitar a mudança e viabilizar a própria relação afetiva, acreditando que o bebê fosse um empecilho para os planos dela, a jovem matou Bryan. O crime foi cometido com requintes de crueldade.
Segundo a mãe, na madrugada de 14 de maio ela matou o bebê asfixiado com um travesseiro. Em depoimento, confessou que matou o filho sufocando-o enquanto ele dormia em um carrinho de bebê. Ela contou que fez uma primeira tentativa pressionando um travesseiro contra a cabeça do pequeno, mas depois de um minuto notou que ele estava vivo, respirava e chorava. Relatou que fez novamente o mesmo movimento para asfixiá-lo, pressionando o travesseiro com mais força sobre a cabeça por aproximadamente 3 minutos e que não ouviu nenhum barulho. Depois, ela o pegou no colo e constatou que ele não estava respirando e não tinha nenhum outro movimento.
Ela levou o corpo até a pia da cozinha, onde cortou as mãos e pés do filho, para facilitar esconder o cadáver. Ela colocou
os membros dentro de latas de leite em pó, embalou em sacos de lixo e deixou na lixeira em frente da casa. O tronco e cabeça foram enterrados em uma cova rasa, no quintal.
Então, Ramira foi até o mercado e comprou produtos para limpar a casa. No mesmo dia, foi ao dentista normalmente. Os restos mortais foram encontrados por um cachorro, no dia 17 do mesmo mês, sendo que Ramira foi presa no dia 18 de maio, quando tentava seguir viagem em uma embarcação, para o Amazonas.
A Defensoria Pública, que representa Ramira, chegou a pedir um exame de insanidade mental. O pedido citava depressão pós -parto, além de todo trauma vivido desde a infância. Ramira foi adotada aos 2 anos e presenciou o pai matar a mãe.
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