O plantio do milho segunda safra em Mato Grosso chegou a 89,36% dos 7,4 milhões de hectares destinados para o grão. Ao passo que esperam que as chuvas continuem, ao menos ainda em março, para garantir uma boa produtividade, os produtores já iniciam o planejamento do próximo ciclo.
Acompanhamento de semeadura do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado na sexta-feira (3), revela um avanço na variação semanal de 16,70 pontos percentuais nos trabalhos nas lavouras de milho.
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Contudo, ao se comparar com o ciclo 2021/22 ainda está atrasado frente aos 94,08% semeados nesta época e levemente atrás dos 89,68% da média dos últimos cinco anos.
Regiões norte e médio-norte na reta final
De acordo com o Imea, as regiões norte e médio-norte estão na reta final de semeadura. Elas já plantaram 98,24% e 96,49% de suas respectivas áreas. Em seguida vem o nordeste mato-grossense com 90,03%.
Produtor em Lucas do Rio Verde, Guiverson Bueno revela ter encerrado o plantio de milho segunda safra em 13 de fevereiro. Agora ele espera que as águas de março e abril ajudem, principalmente na fase do pendoamento, para a obtenção da produtividade esperada de 160 sacas por hectare.
“A minha média é de 130 sacas por hectare. Estou esperando 30 sacas a mais porque é um híbrido de potencial maior do que eu sempre plantei. Mas, vale ressaltar o risco que o produtor corre. Ele coloca a semente no chão, joga o adubo e se cortar a chuva agora em março? O milho vai estar recém pendoando em abril. E o mercado como é que fica?”, diz.
Oeste e noroeste “atrasados” com o milho
Conforme o Imea, as regiões oeste e noroeste são as mais “atrasadas” com o plantio do cereal. Até o dia 3 de março haviam semeado 79,10% e 79,62% de suas áreas.
Já o centro-sul e o sudeste 82,17% e 81,83% cada.
Planejamento da safra 2023/24
Ao passo que a colheita da soja vai encerrando e o plantio do milho segunda safra 2022/23 vai sendo concluído, o planejamento da temporada 2023/24 também avança em Mato Grosso para as duas culturas.
“O planejamento já está ativo. Já está comprado o adubo e os químicos deveremos ter feito o pedido até 15 de março. A gente tem que fazer o planejamento. Faz o pedido, assume a dívida sem saber se vai plantar na época certa. É aquele negócio de planejar antes e ter esperança”, comenta Guiverson.
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