Risco de novos bloqueios em rodovias e estradas em Mato Grosso nos próximos dias acende alerta de autoridades e órgãos, entre eles o Ministério Público Estadual (MP) que notificou o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade de novas interdições no Estado. No documento, o procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges Pereira, aponta a articulação de participantes dos atos antidemocrático, que convocam manifestantes através das redes sociais. Ao STF, Borges solicitou que medidas mais duras sejam tomadas para evitar os bloqueios e demais danos.
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“Existem sérios riscos de novas organizações em atos antidemocráticos, sendo necessário, portanto, a concessão de novas medidas que sejam suficientes e bastantes para fazer cessar a ameaça de direito”, ressalta o procurador-geral no documento protocolado na terça-feira (29). Para ressaltar a preocupação, o MP listou uma série de publicações na internet e panfletos, que fomentam novos atos a serem realizados hoje (1º).
“Embora a situação pareça controlada, o fato é que se veiculam notícias de que novos atos antidemocráticos venham a ocorrer nos próximos dias, gerando situação de insegurança”, completa Borges, caracterizando o movimento antidemocrático em Mato Grosso como um dos maiores e mais insistentes do país.
Atualmente não há bloqueios em Mato Grosso. O Estado, porém, teve pelo menos 84 pontos de manifestações após o resultado das eleições presidenciais. As vias só foram completamente desobstruídas na semana passada, quando as forças de segurança do Estado entraram em campo e auxiliaram a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O motivo foi o aumento da violência usada pelos manifestantes em alguns pontos, a exemplo de atentados armados e veículos incendiados.
Superintende da PRF, Francisco Elson Lucena também sinaliza preocupação, mas ressalta ter condições de aplicar medidas enérgicas em caso de novos bloqueios. “Órgãos como o MPF e o MP estão buscando medidas jurídicas para impedir ou desestimular novos bloqueios. Nós, força policial, temos tropa de choque, 114 policiais de fora para fazer o desbloqueio e a manutenção, em caso de novos atos”, afirmou, classificando a possibilidade como boato.
A GAZETA