Era a primeira tarde do ano e a família do parnanguara Antônio César Amoedo Francisco, 62 anos, portuário aposentado, voltava para o Mato Grosso, onde mora atualmente, depois de passar Natal e Réveillon em uma casa alugada, em Matinhos. Por volta das 13h de 1º de janeiro, a família foi marcada por uma tragédia, que, em teoria, poderia ter sido evitada.
FIQUE ATUALIZADO COM NOTÍCIAS EM TEMPO REAL: GRUPO 1 | GRUPO 2
O Fiat Doblò, conduzido pelo genro do aposentado, foi atingido frontalmente por uma Renault Duster, que atravessou a rodovia PR-508, km 26, após ser atingida na traseira por uma ambulância do SAMU. De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), o qual o JB Litoral teve acesso, ao volante do veículo de socorro estava um condutor socorrista, de 46 anos, cuja carteira nacional de habilitação (CHN) está suspensa. Ainda segundo o documento, a ambulância havia acabado de fazer uma ultrapassagem, quando atingiu a Duster na traseira, a qual perdeu o controle e bateu de frente com a Doblò, que capotou. No veículo, estavam a filha da vítima, o marido dela, dois filhos do casal, Seu Antônio e a esposa. Com o impacto, o neto mais novo, um bebê de seis meses, foi ejetado do veículo. A criança e o avô foram levados para o Hospital Regional do Litoral (HRL).
DIAS FELIZES X TRAGÉDIA
A família havia passado dias felizes, de descanso e diversão em Caiobá onde, poucas horas antes do acidente, havia festejado a chegada de 2022. No dia 1º, eles seguiram viagem, depois de almoçar, com destino a Sorriso (MT), mas não foram longe. Após serem vítimas da colisão, o bebê de seis meses logo recebeu alta, mas o avô não saiu mais com vida do HRL, a morte veio no terceiro dia de internamento, em quatro de janeiro.
O JB Litoral falou com o caminhoneiro Paulo Willian Pereira, que dirigia a Doblò e perdeu o sogro.
De acordo com ele, o corpo do aposentado foi trasladado para o Mato Grosso, onde foi sepultado no sábado (8), uma semana depois do que deveria ter sido a volta da família para casa. “Meu bebê e meu outro filho de seis anos estão bem, mas minha esposa e minha sogra ainda estão em choque. Eu registrei um boletim de ocorrência contra o motorista da ambulância porque ele poderia voltar a trabalhar no outro dia e machucar outras pessoas. Dirijo caminhão há 15 anos, sei que todo mundo precisa sustentar sua família, mas ele foi muito negligente, tirou a vida do meu sogro e poderia ter matado minha família inteira, ter tirado a vida também das pessoas que estavam no outro carro”, disse. Ainda segundo o caminhoneiro, a Ecco Salva se responsabilizou pelo traslado do corpo e o sepultamento da vítima.
Conteúdo COMPLETO: https://jblitoral.com.br/condutor-de-ambulancia-do-samu-com-cnh-suspensa-provoca-acidente-com-morte-e-bebe-ejetado/