Adônis José Negri, um zelador de 73 anos que seria julgado pelo júri popular por envenenar e matar um menino de 2 anos, morreu. A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e pelo advogado que representava a defesa dele na ação penal, Raul Cláudio Brandão.
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Ao Leiagora, Brandão informou que Adônis enfrentava um câncer e faleceu ainda no auge da pandemia. Ele explica que descobriu sobre o fato ao receber a intimação para o júri, pois fez uma busca no Sistema Eletrônico dos Registros Públicos (Serp).
“Ele tinha câncer e outros problemas de saúde. Faleceu no meio da pandemia. Quando recebemos a intimação eu fiz uma busca no sistema da Anoreg e encontrei a certidão de óbito”, conta.
O crime
Em 2016, Adônis colocou veneno de rato em caixas de achocolatado com a intenção de se vingar de um ladrão, que estava furtando produtos de sua casa e comendo alimentos da geladeira. O alvo era Deuel de Rezende Soares, que chegou a ser preso à época, pois, além de ter furtado o produto, foi quem deu o achocolatado para a mãe de Rhayron Christian.
Na manhã do dia 25 de agosto daquele ano, Rhayron pediu algo para comer para a mãe. Ela então pegou o achocolatado, que havia ganhado de Deuel, um vizinho, e deu ao filho. Logo depois, a criança apresentou falta de ar, ficou com o corpo mole e com princípio de desmaio.
Ela correu com o menino para o hospital, mas ele faleceu uma hora depois de beber o produto. À época, logo após a morte da criança, a Anvisa chegou a interditar o lote do achocolatado.
Foi, então, que Adônis contou que teria envenenado a bebida para matar Deuel, pois frequentemente invadia a casa dele e furtava seus pertences. Ele injetou o veneno nas bebidas com uma seringa e “esperou” que o desafeto furtasse o produto. No entanto, o rapaz vendeu a embalagem com cinco achocolatados ao pai da criança.
Adônis foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de homicídio qualificado e agora enfrentará o júri popular. À época do fato, o próprio idoso admitiu ter envenenado o produto por vingança, mas, um ano depois, passou a negar e alega ter sido pressionado pela polícia a confessar.
O julgamento estava marcado para iniciar às 13h30, na 1ª Vara Criminal de Cuiabá, e seria conduzido pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira.
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