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terça-feira, 21, janeiro, 2025

Na mira de Trump: Brasileiros sob risco de deportação equivalem à população de Sinop

Reprodução

Donald Trump iniciou seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20) com planos ambiciosos e polêmicos, incluindo o que promete ser a maior deportação em massa da história do país. Estima-se que 11 milhões de imigrantes vivem em situação irregular nos EUA, sendo cerca de 230 mil brasileiros, um número próximo à população de Sinop, cidade mato-grossense com 216.029 habitantes, de acordo com dados do IBGE.

No discurso de posse, Trump declarou emergência nacional na fronteira sul e anunciou medidas drásticas para conter a imigração ilegal. Entre elas, o envio de tropas para a fronteira e a retomada da política “fique no México”, implementada em seu primeiro mandato, que obriga requerentes de asilo a permanecer no país vizinho enquanto aguardam a análise de seus processos.

— Todas as entradas ilegais serão impedidas, e vamos iniciar o processo de retorno de milhões de imigrantes irregulares ao lugar de onde vieram. Vamos acabar com a prática de capturar e liberar — afirmou o presidente republicano.

Além disso, Trump anunciou que invocará a controversa Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798. Essa legislação, raramente utilizada na história americana, permite a detenção e expulsão de pessoas com base em sua origem, sem necessidade de julgamento por um juiz de imigração. A medida já foi usada em períodos de guerra para deportar dezenas de milhares de pessoas, muitas delas cidadãos americanos, e resultou na criação de campos de concentração para cerca de 37 mil pessoas.

— Hoje assinei ordens que designam cartéis como organizações terroristas estrangeiras. Vamos usar o poder total das forças policiais para eliminar gangues e redes criminosas que ameaçam nossa segurança — declarou Trump.

A medida já desperta reações intensas de organizações de direitos humanos e comunidades de imigrantes. Muitos temem que as ações possam resultar em separações de famílias e deportações injustas, incluindo de pessoas que vivem nos EUA há décadas e contribuíram significativamente para a economia e a sociedade americana.

A comunidade brasileira nos EUA acompanha o desenrolar dos acontecimentos com apreensão, temendo os impactos dessas políticas rigorosas. Enquanto isso, o debate sobre imigração, segurança nacional e direitos humanos promete continuar polarizando o cenário político norte-americano nos próximos meses.

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