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terça-feira, 3, dezembro, 2024

OVNIs: Brasil já teve caças da FAB perseguindo objetos voadores

ILUSTRATIVA

Não se fala em outra coisa. Nos últimos dias, a imprensa internacional direcionou seus holofotes para os Estados Unidos, que anunciaram ter derrubado ao menos dois objetos voadores não identificados (OVNIs) que sobrevoavam o seu território perto de áreas militares sensíveis.

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Mas o Brasil também já viveu uma situação parecida — ao menos que tange à estranheza de artefatos voadores sobre o espaço aéreo. Em 19 de maio de 1986 houve um episódio que ficou conhecido como “noite oficial dos OVNIs”.

De acordo com registros do Ministério da Justiça, foram detectados naquele dia pelo menos 21 objetos voadores não identificados. Na época, o alerta foi emitido pelo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta).

Na ocasião, cinco jatos da Força Aérea Brasileira (FAB) foram direcionados para persegui-los: dois F-5E da BASC e três Mirage F-103 da BAAN. Nenhum deles obteve sucesso na missão.

“Tudo começou quando o operador da torre do Aeroporto de São José dos Campos, São Paulo, observou pontos luminosos que mudavam de cor, com a predominância da tonalidade vermelha, e perguntou ao piloto Alcir Pereira se ele estava vendo a mesma coisa”, afirma o ministério.

“Após a confirmação de Alcir, a Torre de Controle de São Paulo captou sinais sem identificação e o Cindacta I, em Brasília, detectou OVNIs nos radares de Goiás, de São Paulo e do Rio de Janeiro. Por causa da velocidade dos objetos, o Centro de Operações de Defesa Aérea (CODA) decidiu enviar os caças para persegui-los e interceptá-los. Porém, nenhum dos cinco caças conseguiu chegar perto dos OVNIs”, acrescenta a pasta.

De acordo com o relatório produzido pelo Comando Aéreo de Defesa Aérea do Ministério da Aeronáutica, assinado pelo brigadeiro José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, “os fenômenos são sólidos e refletem de certa forma inteligência, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores como também voar em formação, não forçosamente tripulados”.

Dados oficiais do Arquivo Nacional do Brasil reúnem os áudios das comunicações entre os pilotos e a torre de controle durante o acontecimento daquela noite. Além disso, diversas reportagens de jornais da época também relataram o episódio atípico.

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