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quinta-feira, 24, abril, 2025

Padre que estuprou três garotos tem pena reduzida em 32 dias e está preso em Sorriso

O padre Nelson Koch, condenado a 44 anos e 10 meses de prisão por estupro de vulnerável e importunação sexual contra três adolescentes da paróquia em que atuava, teve sua pena diminuída em 32 dias depois de comprovar 96 dias de trabalho numa empresa de pré-moldados. Ele está preso no Centro de Ressocialização de Sorriso.

A decisão que reconheceu o benefício do padre é do juiz da 1ª Vara Criminal de Sorriso, Rafael Depra Panichella, e foi proferida na Sexta-Feira Santa (18 de abril). 

Koch já teve um pedido para trabalho externo negado no mês de janeiro de 2024. Em outubro do mesmo ano, porém, os desembargadores da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) concederam o benefício desde que ele fosse acompanhado por policiais penais, além de monitoramento por tornozeleira.

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Nelson Koch foi condenado em setembro de 2022 por abusar sexualmente de vítimas que frequentavam a paróquia onde atuava, em Sinop (501 Km de Cuiabá). Uma delas, um garoto de 15 anos, sofreu abusos desde os 7 anos, segundo depoimento da mãe à Polícia Judiciária Civil (PJC). Outro adolescente, de 17 anos, confirmou que Koch praticou atos libidinosos sem seu consentimento por pelo menos três anos.

Além de depoimentos das vítimas, a Polícia Civil obteve vídeos, apresentados por elas, que apontam as situações de abuso, e que inclusive mostram um dos garotos sendo levado pelo padre até um banheiro. Ao ser preso, o religioso afirmou que todos os relacionamentos que manteve com os jovens foram “com consentimento”.

As vítimas também foram ameaçadas pelo ex-padre, que disse ser uma “pessoa influente” e que “faria mal” a parentes dos adolescentes caso fosse denunciado. Não há documentos públicos divulgados pela Diocese de Sinop ou pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB ) que confirmem formalmente a expulsão de Nelson Koch do sacerdócio. No entanto, a posição da Igreja Católica em casos semelhantes costuma seguir o cânone 1395 do Código de Direito Canônico, que prevê a pena de demissão do estado clerical para crimes de abuso sexual de menores.

FOLHA MAX

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