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sábado, 26, outubro, 2024

PF apreende 3 carrões e celulares de investigados por desmate ilegal em MT

Três carros de luxo, celulares e computadores foram apreendidos em Sinop (480 quilômetros de Cuiabá) pela Polícia Federal na Operação SOS Jamanxim. Não houve mandados de prisão sendo cumpridos em Mato Grosso.Leia mais

Entre os carros apreendidos no Estado estão um Jeep Renegade e um Mercedes esportivo. Eles foram levados para a sede da PF na cidade. Um dos mandados foi cumprido numa residência de alto padrão na cidade.

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Além de Mato Grosso, estão sendo cumpridos mandados nos Estados do Pará e Santa Catarina. Também estão sendo bloqueados R$ 310.884.869,19, visando a reparação do dano ambiental, conforme valores quantificados em laudos periciais.

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A operação visa combater o desmatamento ilegal na Amazônia, especificamente na Flona do Jamanxim, Unidade de Conservação criada pelo Decreto Presidencial, s/n, de 13 de fevereiro de 2006, com uma área total de mais de 1.300.000 hectares, localizada no município de Novo Progresso/PA. As Unidades de Conservação permitem unicamente a exploração sustentável da floresta. 

As investigações da Polícia Federal, que utilizam dados de imagens de satélite de alta resolução do Programa Brasil Mais (PLANET), apontam que a organização criminosa desmatou mais de 30 mil hectares de floresta, que equivalem a 30 mil campos de futebol. Os laudos demonstram que cerca de 16 mil hectares desmatados estão localizados dentro da Flona do Jamanxim, acumulando desde a sua criação mais de 160 mil hectares de floresta devastada.

A modalidade de desmatamento praticada na área – corte raso – é considerada a mais danosa à natureza, pois realiza a remoção total de qualquer forma de cobertura vegetal, com objetivo de promover plantio de pasto e criação de gado. O modus operandi dos criminosos é sempre o mesmo: invadem terras públicas da União, fazem o corte seletivo da madeira economicamente viável e depois suprimem toda a vegetação, inclusive, com uso de fogo, para plantio de pasto e criação de gado.

Os crimes investigados são: associação criminosa, desmatamento em unidades de conservação e/ou terras públicas, usurpação de terras públicas, produção de documentos falsos e uso de documentos falsos, todos crimes descritos no Código Penal Brasileiro e na Lei Ambiental, com penas previstas superiores a 20 (vinte) anos de reclusão.

O nome da operação faz alusão a área da Unidade de Conservação desmatada.

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