Um ano após o acidente aéreo que matou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas em Caratinga, em Minas Gerais, a Polícia Civil afirmou, nesta sexta-feira (4), que o piloto da aeronave não seguiu o padrão de pouso do aeródromo. Segundo depoimentos da investigação, ele fez a aproximação pelo lado correto, mas “se afastou muito” do local recomendado.
“O que a gente tem até agora na investigação, o que a gente sabe mediante depoimentos feitos é que o piloto não fez a manobra que se esperava, ele saiu da zona de proteção do aeródromo para fazer esse pouso. Então, é um fator que pode ter contribuído para que o acidente ocorresse”, afirmou o delegado regional de Caratinga, Ivan Lopes Sales, responsável pela investigação.
A zona de proteção é a área de entorno sujeita a restrições para que aeródromos possam operar com segurança. De acordo com o delegado, apenas os obstáculos inseridos dentro da zona de proteção são inseridos no Notam, documento de referência para pilotos.
“Não há uma obrigatoriedade de pousar nessa forma padrão, mas, quando ele sai dessa zona de proteção do aeródromo, é por conta e risco dele. Ele se afastou muito, veio muito baixo e se chocou na rede de transmissão”, disse o delegado.