A Polícia Federal prendeu, na manhã de ontem (18), o construtor Levi Alves Martins, de 62 anos, e seu filho, o engenheiro Leandro Alves Martins, de 38 anos, ambos residentes em Sinop. Eles foram condenados por participação nos ataques aos prédios públicos em Brasília, ocorridos em 8 de janeiro de 2023.
Levi foi sentenciado a 16 anos e 6 meses de prisão, enquanto Leandro recebeu uma pena de 14 anos. As condenações incluem crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada. Apesar das acusações, os dois negam envolvimento nos atos de vandalismo e alegam que estavam na capital federal para participar de manifestações pacíficas.
A prisão preventiva foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base no risco de fuga, já que ambos estavam monitorados por tornozeleiras eletrônicas.
A advogada de defesa, Ana Maria Magro, criticou a decisão, destacando que a ordem de prisão foi emitida antes do trânsito em julgado do processo e que o risco de fuga foi considerado com base em casos de outros réus. Ela informou que pretende solicitar a revogação da prisão ou, alternativamente, a conversão para prisão domiciliar. “O seu Levi é idoso, tem pressão alta, diabetes e sofre de sopro no coração. Já o Leandro está em acompanhamento médico para investigar episódios recorrentes de mal-estar após as refeições, o que também tem causado insônia”, declarou Magro.
Após serem detidos, Levi e Leandro foram transferidos ao Presídio Ferrugem.
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