Os preços do milho no mercado brasileiro estão sentido pressão negativa de um aumento de oferta acontecendo por parte de produtores e cerealistas ofertando mais o grão nesta reta final de 2024.
O Consultor de Grãos e Projetos na Agrifatto, Stefan Podsclan, explica que a proximidade da colheita da safra de soja 2024/25 e a indicação de grandes níveis de produção estimulam os movimentos de venda para abrir espaço nos armazéns e tentar escapar de dificuldades logísticas.
Porém, quando se olha para as oportunidades já pensando na safra de milho de 2025, o consultor destaca que preços nos portos entre R$ 72,00 e R$ 73,00 para julho, agosto e setembro e indicações entre R$ 45,00 e R$ 47,00 no Mato Grosso, apresentam o melhor patamar para vendas antecipadas dos últimos 2 anos.
Diante desta realidade, 22% da produção esperada de milho no Brasil em 2025 já foi comercializada, conforme a ponta a Agrifatto.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
No mercado físico brasileiro, os preços da saca de milho não registraram nenhuma movimentação nas principais praças acompanhadas pelo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas.
O vencimento janeiro/25 foi cotado à R$ 73,35 com desvalorização de 0,81%, o março/25 valeu R$ 72,76 com baixa de 0,71%, o maio/25 foi negociado por R$ 72,12 com queda de 0,39% e o julho/25 teve valor de R$ 68,36 com ganho de 0,50%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram perdas de 1,53% para o janeiro/25, de 1,26% para o março/25, de 0,80% para o maio/25 e de 0,35% para o julho/25, em relação ao fechamento da última sexta-feira (13).
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Mercado Externo
Para os preços internacionais do milho futuro, Podsclan destaca que a forte demanda pelo cereal dos Estados Unidos segue trazendo suporte para as cotações na Bolsa de Chicago.
Nas exportações, o milho dos EUA é o mais atrativo do mundo e já avançou para 58% do total estimado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para o ciclo 24/25. No mercado interno norte-americano a demanda é igualmente forte, diante da aprovação do E15, que preconiza 15% de etanol na mistura da gasolina no país.
Porém, olhando para a frente, o consultor aponta que a relação mais favorável ao milho do que para a soja deve estimular o produtor norte-americano a aumentar área do cereal sobre a da oleaginosa e esse aumento de produção pode trazer pressão em Chicago ao longo de 2025.
O vencimento março/25 foi cotado à US$ 4,46 com valorização de 5,50 pontos, o maio/25 valeu US$ 4,51 com alta de 5,50 pontos, o julho/25 foi negociado por US$ 4,54 com ganho de 5,25 pontos e o setembro/25 teve valor de US$ 4,35 com elevação de 4,00 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (19), de 1,25% para o março/25, de 1,23% para o maio/25, de 1,17% para o julho/25 e de 0,93% para o setembro/25.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram ganhos de 0,96% para o março/25, de 0,56% para o maio/25, de 0,33% para o julho/25 e de 0,06% para o setembro/25, em relação ao fechamento da última sexta-feira (13).