Pelo menos 8 pessoas foram presas em Mato Grosso desde o início dos atos que bloqueiam rodovias e concentram manifestantes em frente a quartéis, que começaram no dia 30 de outubro, após o resultado das eleições e completam 11 dias hoje (9). O dado é da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que informou ainda se tratar de prisões relacionadas a infrações de trânsito, como embriaguez ao volante e outros crimes, a exemplo do ateamento de fogo em pneus. Em todo o Brasil, o número de prisões chegou a 65.
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Até agora, contudo, as forças policiais mato-grossenses não reportaram a prisão de líderes e financiadores dos atos considerados antidemocráticos por órgãos e autoridades federais. As lideranças dos atos viraram alvos do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou às Polícias Civil e Militar dos estados que encaminhem, dentro do prazo de 48 horas, dados sobre a identificação dessas pessoas. A ordem, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, também deve ser cumprida pela Polícia Federal. O prazo para o envio dos dados termina hoje (9).
Moraes ainda solicitou informações sobre os veículos que participaram ativamente dos bloqueios e nas manifestações em frente aos quartéis. A determinação inclui também o levantamento das providências adotadas pelas forças policiais contra essas pessoas.
Em Mato Grosso, a Polícia Civil informou não ter sido notificada sobre a determinação do STF. A PF e a PM não deram retorno à reportagem.
Em Cuiabá, caminhoneiros estacionaram os veículos em frente à 13ª Brigada de Infantaria Motorizada e ao logo da avenida Historiador Rubens de Mendonça, a avenida do CPA. O ponto também concentra barracas que distribuem comida e bebida aos manifestantes, que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) e pedem apoio das Forças Armadas.
Na terça-feira (8), Mato Grosso chegou a registrar 3 pontos de bloqueio e dois pontos de interdição em rodovias federais pela manhã. Ao longo do dia, os bloqueios foram desmobilizados e registrou-se apenas interdições nos municípios de Campo Novo do Parecis (396 km a noroeste) e Sapezal (480 a noroeste). Segundo a PRF, os pontos tinham apenas aglomeração de manifestantes às margens da rodovia sem interrupção do tráfego.
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