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sexta-feira, 29, novembro, 2024

Processo interno da PRF recomendou demissão de atual diretor-geral por agressão

Foto: Carolina Antunes/PR

Um processo interno da Polícia Rodoviária Federal (PRF) recomendou a demissão de Silvinei Vasques da corporação por agressão a um frentista de um posto de gasolina. A expulsão só não ocorreu porque o caso prescreveu, revelam documentos obtidos pela CNN.

Hoje Vasques é diretor-geral da PRF e foi convocado neste domingo (30) das eleições pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, a prestar esclarecimentos sobre blitze de ônibus que transportavam eleitores no nordeste.

O episódio ocorreu no município de Cristalina, em Goiás. No dia 17 de outubro de 2000, o frentista Gabriel de Carvalho Rezende registrou boletim de ocorrência relatando ter sido agredido com socos e chutes por Vasques.

Ele conta que o então policial rodoviário federal Silvinei Vasques chegou ao posto de gasolina acompanhado de outros colegas e pediu ao frentista para lavar seu carro.

Depois de ser informado que o posto não tinha esse serviço, Vasques passou a agredi-lo fisicamente, conforme laudo médico e boletim de ocorrência.

Como o policial estava a serviço da PRF, o frentista processou a União – e a Justiça considerou Vasques culpado e condenou o Estado brasileiro a pagar uma indenização de R$ 52 mil. A Advocacia Geral da União (AGU), então, processou Silvinei Vasques e pediu o ressarcimento.

Ele perdeu em primeira instância, mas o caso está parado desde 2019 no TRF-4. A CNN tem cópia de todos esses documentos.

Ao mesmo tempo, foi aberto um processo disciplinar dentro da PRF contra Silvinei Vasques.

Em ofício de 10 de março de 2006, a chefe da divisão de coordenação de assuntos disciplinares, Josina Soares de Oliveira, “opina no sentido da penalidade de demissão do policial rodoviário Silvinei Vasques”, conforme documento interno obtido pela CNN. No entanto, a penalidade deixa de ser aplicada por “prescrição”.

CNN procurou a assessoria de imprensa da PRF e aguarda retorno.

CNN BRASIL

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