Para cultivar mais em pouco espaço, em Sorriso, foi criado o projeto “Mais Peixes”, que tem como intuito, integrar a piscicultura em outros cultivos, como o de frutas e de verduras. Além de servir para a criação, a água do tanque também irriga a plantação.
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Segundo a zootecnista e coordenadora do projeto, Andréia Souza, atualmente, o programa atende mais de 41 propriedades no município, e o sistema permite que as famílias tenham mais de uma renda.
“O tanque veio como um complemento para o produtor ter uma fonte de renda, e também de proteína animal dentro da propriedade”, disse.
Para que a água também seja utilizada para irrigar as plantações dentro da fazenda, Andréia faz a análise da água com um peagâmetro, um medidor de potencial hidrogeniônico (pH), que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade da água. A análise é necessária para verificar se os parâmetros estão ideais e se precisa fazer algum tipo de manejo, evitando prejuízo para o produtor.
“Aqui eu consigo conferir a temperatura e o pH da água. Se esse pH estiver muito abaixo, a gente precisa entrar com o calcário, com algum manejo de correção, e se ele estiver muito alto também”, explicou.
Ainda de acordo com ela, quando a propriedade não consegue ainda ter um aerador, consequentemente, é preciso diminuir a densidade de peixes.
“A gente utiliza bastante a Tambatinga e o Tambaqui, por serem peixes bem resistentes, tanto a condições climáticas, quanto aos baixos níveis de oxigênio e pH, então eles suportam e tem uma grande resistência”, contou.
Conforme a coordenadora, toda a propriedade pode ser beneficiada com a piscicultura.
“Essa água, que é naturalmente de uma piscicultura, teria que ser renovada para manter parâmetros de qualidade de água, ela pode estar sendo utilizada com nutrientes para a plantação”, concluiu.
G1 MT