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domingo, 24, novembro, 2024

Roberto Jefferson é indiciado por quatro tentativas de homicídio

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por quatro tentativas de homicídio. Durante o tumultuado cumprimento do mandado de prisão neste domingo (23/10), dois agentes feridos com estilhaços e outros dois, que estavam em uma viatura que foi alvo de disparos, não chegaram a ser atingidos.

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Jefferson se entregou no início da noite de ontem após oito horas de descumprimento da ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar atacou policiais que foram a Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro, para cumprir um mandado de prisão. Na chegada dos agentes, por volta das 11h, Jefferson jogou três granadas e deu tiros de fuzil.

Inicialmente, Moraes tinha expedido um mandado de prisão contra Jefferson por ele ter violado medidas de prisão domiciliar. Depois, o ministro mandou prendê-lo em flagrante sob a acusação de tentativa de homicídio.

Dois policiais estavam dentro de uma viatura que foi alvejada e outros dois foram feridos por estilhaços, sem gravidade: o delegado Marcelo Vilella, que teria sido atingido na cabeça e na perna, e a policial Karina Lino Miranda de Oliveira, ferida na cabeça. Os dois foram atendidos em um hospital da região e já tiveram alta.

Segundo o Exército, a licença do ex-deputado estava suspensa e que ele não poderia ter ou transportar armas fora de Brasília. Por conta do descumprimento, foi aberto um processo administrativo para apurar o caso e a Polícia Federal instaurou inquérito na esfera criminal.

Revogação da prisão domiciliar

Jefferson perdeu o direito à prisão domiciliar por ter desrespeitado as medidas cautelares impostas pelo STF. Ele havia recebido o benefício em janeiro deste ano, mediante o cumprimento de medidas como a proibição do uso de redes sociais e de dar entrevista sem autorização judicial, que foram descumpridas pelo parlamentar diversas vezes.

O ex-deputado, que já é conhecido por tumultuar o processo eleitoral e atacar instituições democráticas, estava em domiciliar pelo inquérito das milícias digitais. Após a divulgação de um vídeo na última sexta-feira (21) em que ele distribui ofensas à ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Cármen Lúcia, Moraes determinou a sua volta ao regime fechado.

O parlamentar chegou no início da madrugada desta segunda-feira (24) ao Presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ainda hoje, ele deve ser transferido para Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó.

Correio Braziliense

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