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terça-feira, 26, novembro, 2024

Sorriso: Indea certifica primeiro ‘queijo artesanal’ para venda em todo o Brasil

‘Queijo Poranga’ é produzido no sítio Vila Láctea, no município de Sorriso – Foto por: Reprodução Indea-MT

O Governo de Mato Grosso, através do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), oficializou ontem (08.02), no Diário Oficial,  a concessão do primeiro produto artesanal a fazer parte do Selo Arte. O ‘Queijo Poranga’, produzido no sítio Vila Láctea, no município de Sorriso, passa a ser o primeiro produto alimentício de Mato Grosso a ter sua comercialização a nível nacional autorizada, com certificação que atesta que o alimento foi  elaborado de forma artesanal, respeitando as normas sanitárias, e com característica tradicional, regional e cultural.

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O “Selo Arte”, lei criada em 2018 pelo Governo Federal e que tem no Estado o Indea como o implementador, tem como principal objetivo fazer com que “produtos de alto padrão de qualidade e segurança alimentar não fiquem restritos à pequena propriedade, mas que conquistem os consumidores de outras partes do país e agreguem valor artesanal”, conforme explica a médica veterinária do Serviço de Inspeção Sanitário Estadual do Indea, Carine Baggio Cavalcante.

Com a certificação do ‘Queijo Poranga’, a expectativa é de que produtores rurais se interessem pelo tema. “Este selo é um reconhecimento ao trabalho do produtor, que agora vai poder expandir os limites comerciais dos seus produtos com respaldo sanitário e comercial. Além isso, será uma maior oportunidade de incentivar a família a permanecer no campo”, acrescenta Carine Baggio Cavalcante.

Produtora Rita Hachiya adota práticas diferenciadas no trato com os animais, que resultam em melhor qualidade na fabricação do queijo
Créditos: Reprodução Indea-MT

Além de queijo, o Selo Arte permite que produtos como embutidos, pescados e mel possam ser vendidos livremente em qualquer parte do território nacional, eliminando entraves burocráticos. Para os consumidores, significa maior variedade de compra itens como esses, com garantia de qualidade e a segurança de que a produção é artesanal e com respeito as boas práticas agropecuárias e sanitárias. Para ser considerado artesanal, o produto deve ser submetido ao controle do serviço de inspeção oficial (municipal, estadual ou federal), ter fabricação individualizada e genuína.

A entrega do Selo Arte é comemorada pela produtora Rita Hachiya, que começou na pecuária leiteira há 14 anos e que com o passar do tempo se encantou com a fabricação do queijo, sendo hoje a única fonte de renda dela. “No começo eu me dividia entre ser agente de saúde e a venda de leite para laticínio da cidade. Com o tempo vi que era mais rentável agregar valor ao meu leite e foi assim que a ideia de passar a fazer queijo ganhou forma. O tempo passou e a fabricação de leite passou a ser a minha especialidade”, comenta Rita.

“Hoje, o queijo que produzo é meu motivo de orgulho. Ele foi se aprimorando ao longo dos anos, com dicas dos clientes, e hoje ele é bem aceito por onde ele passa”, acrescenta a produtora de Sorriso.

O preço do quilo do ‘Queijo Poranga’ é de R$ 60, acima da média de mercado, porque, segundo Rita Hachiya se deve pela qualidade de todo o processo que a fabricação do produto. “Desde a água, ao capim, passando pelo processo de ordenha ao armazenamento, adoto práticas diferenciadas. Sei que a qualidade do meu produto começa muito antes de preparar a receita. Começa no tratamento que dispenso aos meus animais, e por isso, meu queijo é hoje considerado o melhor da região”, finaliza Hachiya.

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