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segunda-feira, 25, novembro, 2024

Sorriso terá limão tahiti resistente à gomose

Para a citricultura de Mato Grosso, a falta de porta-enxertos resistentes à doença fúngica gomose era um fator limitante. Os resultados da pesquisa com a lima ácida tahiti trazem novas perspectivas. 

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O potencial do estado de Mato Grosso para a produção de alimentos esbarra, para algumas culturas, na falta de informação e de tecnologias apropriadas para as condições locais. Para a citricultura, a falta de porta-enxertos resistentes à doença fúngica gomose era um limitante. Mas essa realidade começa a mudar com uma pesquisa coordenada pela Embrapa em parceria com o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), a Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e a Prefeitura de Guarantã do Norte.

De acordo com as informações da Embrapa, a primeira fruta a ter resultados mais consistentes é a lima ácida tahiti, conhecida pelos consumidores como limão tahiti. Dois experimentos realizados em Sorriso (MT) e Guarantã do Norte (MT) confirmaram que as características da copa são determinadas pelo porta-enxerto, porém, os frutos não sofreram influência. Os ensaios geraram informações relevantes sobre porta-enxertos que proporcionam maior vigor vegetativo e volume de copa. Já a avaliação dos frutos mostrou que eles possuem as características desejadas pela indústria e pelo mercado internacional, possibilitando não só o atendimento ao mercado local, como também a exportação.

Os experimentos foram instalados em 2016, nos campi do IFMT nos dois municípios. Em Sorriso, no bioma Cerrado, e em Guarantã do Norte, no bioma Amazônia. Ao todo, foram testados 14 porta-enxertos entre opções comerciais e novos híbridos não comerciais desenvolvidos pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA). Eles foram comparados com o limoeiro cravo, porta-enxerto mais utilizado na cultura, mas que apresenta alta suscetibilidade à gomose de Phytophthora.

De acordo com as avaliações, os porta-enxertos comerciais citrumelo “Swingle” e os citrandarins “Índio” e “San Diego” induziram os maiores volumes de copa e índice de vigor vegetativo. Já os porta-enxertos TSKC x (LCR x TR) – 059 (BRS Bravo), em Sorriso, e LRF x (LCR x TR) – 005, em Guarantã do Norte, induziram as menores alturas às copas da limeira-ácida.

Seis anos após o plantio, somente o porta-enxerto testemunha apresentou sintomas de gomose. Porém, Roncatto diz que é preciso ter cautela e que a observação continue para ter certeza de que nenhum deles será suscetível à doença.

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