O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com a senadora Simone Tebet (MDB-MS) nesta sexta-feira (23) pela manhã, mas ainda não formalizou o convite para que ela ocupe um lugar na Esplanada dos Ministérios.
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Segundo aliados da senadora, a conversa foi bastante amistosa e eles falaram sobre vários temas importantes para o país, como Meio Ambiente, Turismo, Cidades e até Educação – pasta que já está ocupada pelo petista Camilo Santana.
Não se falou no ministério do Planejamento, que chegou a ser cogitado, mas é rechaçado pela senadora. O Planejamento perdeu força desde que foi dividido e criado o ministério de Gestão, para o qual foi indicada a economista Esther Dweck.
Lula reforçou que enxerga Tebet – que foi a terceira candidata mais votada no primeiro turno e um apoio fundamental no segundo turno para o petista – no governo. Mas ainda não houve um convite formal. Os dois ficaram de ter uma nova conversa.
É possível até que Tebet pegue carona no voo de Lula na volta para São Paulo, mas isso não está confirmado. Se não ocorrer, o novo encontro vai ficar para a semana que vem.
O futuro de Simone no governo, dizem aliados, depende de um xadrez que envolve a senadora Marina Silva (Rede-SP). Tebet poderia ser encaixada no Ministério do Meio Ambiente, mas se recusa a ocupar a pasta se Marina não aceitar ser a titular da chamada Autoridade Climática. A deputada resiste, porque o cargo de “czar” do clima cuida mais de negociações internacionais, enquanto fica sob a responsabilidade do ministério o combate ao desmatamento.
O MDB também não aceita que a vaga de Tebet entre na cota do partido. O indicado do MDB do Senado é o senador Renan Filho, que deve ficar com o ministério dos Transportes.
Os senadores do MDB argumentam que já estavam com Lula no primeiro turno, quando Tebet ainda era candidata.
Já a bancada do MDB na Câmara dos Deputados decidirá em comum acordo com o governador Helder Barbalho a escolha de um nome para ocupar a vaga do ministério das Cidades.
Inicialmente, o nome cotado era do deputado José Priante (MDB-PA), mas a indicação não é consenso. Apesar de próximo de Priante, o governador do Pará, Helder Barbalho (PA), reivindica a vaga para o irmão, Jader Barbalho Filho. O problema é que Jader não tem mandato, o que pode gerar ruídos entre os eleitos.
Uma hipótese remota, diante do impasse, seria indicar Simone Tebet para a vaga. A possibilidade seria um Plano B, caso a Câmara não chegue a um consenso sobre o nome indicado até segunda-feira (26).
Fontes ligadas ao partido dizem Tebet só assumirá Cidades com aval da bancada e com a combinação de que ela será interlocutor dos deputados com Executivo.
CNN BRASIL