O desembargador da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT), Marcos Machado, manteve as condenações de uma quadrilha que desviava cargas em Mato Grosso, alvo da operação “Safe Agro”. Segundo informações do processo, foram condenados Eriel Machado Pires (19 anos e 2 meses), além da pena individual de 18 anos e 7 meses a cada um dos outros membros do bando – Josinei Machado da Silva, João Ronaldo Melek, Glauter Viana Almeida, Paulo José Micuanski dos Santos, Vilson Mosquem da Silva, Diego Pereira Correia e Rafael Pereira Martins.
Nos autos, os integrantes da quadrilha alegaram, de um modo geral, que a denúncia teria sido “genérica”, e que “não há provas” que sustentem as condenações. A decisão monocrática do desembargador, proferida na última terça-feira (20), entretanto, lembrou de um dos roubos de carga de soja atribuídos ao bando, ocorrido numa fazenda localizada em Tangará da Serra (245 Km de Cuiabá). “A prisão preventiva está fundamentada na garantia da ordem pública, consubstanciada na gravidade do crime – roubo de soja da ‘Fazenda Alabama’, situada na Comarca de Tangará da Serra, praticado com envolvimento de, ao menos, 10 agentes, dentre os quais indivíduos armados que restringiram a liberdade dos funcionários da propriedade rural, com utilização de 4 caminhões para transporte do produto agrícola subtraído até o Município de Cuiabá/MT e falsificação de documentos”, esclareceu o desembargador.
Conforme a Polícia Judiciária Civil (PJC), o grupo agia aliciando motoristas de caminhões antes mesmo que estes fizessem os carregamentos das cargas. Após iniciarem o transporte dos grãos, ao invés de seguirem para o destino, desviavam as cargas para as empresas investigadas, localizadas nos municípios de Nova Mutum e Cuiabá.
Os caminhoneiros recebiam R$ 25 mil para entregar falsos tickets de entrega. Ainda de acordo com a PJC, 65 condutores teriam participado do golpe. Na ocasião, a Justiça autorizou a utilização dos veículos apreendidos.
FOLHA MAX
