O empresário Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos, uma das sete vítimas da chacina de Sinop, nesta terça-feira (21), jogava sinuca profissionalmente e organizava torneios valendo dinheiro no Município.
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Em suas redes sociais ele publicou uma das suas últimas empreitadas, um jogo contra um competidor de Alta Floresta valendo R$ 20 mil.
“R$ 20 mil. Se matar as bolas leva R$ 20 mil. Salão parado nesse jogo aqui”, diz um homem que gravava a tacada final.
A imagem mostra Maciel Bruno analisando as possibilidades. Ele vai de um lado a outro, se posiciona e faz a tacada que “mata” a bola que faltava. A plateia grita e ele bate orgulhoso na mesa.
O vídeo foi publicado no dia 22 de dezembro de 2022.
Em outra imagem que circula nas redes sociais ele aparece ostentando as notas de R$ 100, R$ 50 e R$ 20 que ganhou na partida.
Segundo a prima do empresário, Fabiana Sousa, Bruno jogava sinuca desde pequeno e se tornou profissional. “Ele era muito bom e participava em todo o Mato Grosso”.
Além disso ele também organizava seus próprios torneiros apostados. “Lembro que uma vez ele fez um torneio em um ginásio e deu muita gente. Ele falava todo orgulhoso disso”, disse.
“Às vezes era só para brincar, mas sempre organizava apostas e os torneios dele sempre foi apostando”, explicou.
Último registro
Outra imagem que circula nas redes mostra momentos antes da chacina.
Orisberto Pereira Sousa, de 38 anos, funcionário do estabelecimento filma a jogatina de baralho e diz: “Aqui mudamos para a mesa redonda”.
Além de Orisberto e Bruno, morreram na chacina Adriano Balbinote, 46, Getúlio Rodrigues Frasao Júnior, 36, Josué Ramos Tenório, 48, Elizeu Santos da Silva, 47 e a adolescente L.F.A.
Os atiradores Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27, ficaram inconformados após derrotas seguidas. Eles teriam perdido mais de R$ 4 mil.
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