Dois vendedores de abacaxi foram sequestrados em Dom Aquino (172 km de Cuiabá), na quinta-feira (27), após serem confundidos com membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). Eles seriam executados em uma região de mata, mas foram resgatados pela Polícia Militar, graças ao rastreamento de um celular.
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De acordo com a Polícia Militar, o patrão da dupla informou o desaparecimento. Ele disse que seus funcionários saíram de Jaciara e foram até Dom Aquino pela manhã para vender abacaxi, e à noite perdeu contato com os dois.
Durante as diligências, a esposa de um dos trabalhadores passou a localização do celular do homem para os militares, junto com a placa do veículo em que os dois estavam.
Os policiais foram até o local e se depararam com a caminhonete estacionada, com os dois vidros abertos e com os pertences das vítimas. No veículo também estava a carga de abacaxi. Na frente da caminhonete havia um Gol branco com as portas destrancadas.
Como os dois veículos estavam estacionados no quintal de uma casa, os agentes entraram no local e chamaram os moradores no portão. Questionados, disseram não saber o motivo dos veículos estarem no local.
Durante buscas na região, os policiais ouviram gritos de socorro vindos de dentro de um seringal. Dentro da mata, encontraram os dois trabalhadores deitados no chão, com as pernas e braços amarrados com cordas, fios e lacres.
Após serem libertados, eles contaram que estavam vendendo abacaxis perto da rodoviária, quando um homem se aproximou deles com uma bicicleta, comprou uma fruta e disse que a dupla deveria explicar para o Comando Vermelho o motivo de estar na cidade.
A desconfiança é porque o carro em que os trabalhadores estavam tinha emplacamento de Campo Grande-MS, cidade sob domínio do Primeiro Comando da Capital, facção rival do CV.
Em seguida, chegou um homem em uma moto, mostrou a arma e mandou os funcionários o seguirem. Foram levados até uma casa, onde os criminosos pegaram o celular das vítimas e começaram a ver fotos e ameaçá-los de morte.
Os bandidos também passaram a pressionar os dois a confessar que faziam parte do PCC. Eles também foram agredidos com socos, tapas, chutes e a todo momento eram ameaçados de morte.
Pouco antes da chegada da PM, eles foram levados para o seringal, onde foram amarrados e seriam executados com golpes de foice.
Diante do relato, os dois foram encaminhados até a delegacia da cidade, onde prestaram depoimento. Ainda não há detalhes sobre quem cometeu o crime.
O caso vai ser apurado pela Polícia Civil.
REPÓRTER MT